Após post transfóbico, Sikêra Jr deve ser processado por ativista

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Dias após cantar e dançar uma música homofóbica ao lado de dois dos filhos de Jair Bolsonaro – Eduardo e Flávio –, Sikêra Jr realizou um post de caráter transfóbico no Instagram. Por conta da publicação, o apresentador do Alerta Nacional, programa da RedeTV!, deverá entrar na mira da Justiça, em processo articulado pelo ativista dos direitos da comunidade LGBTQ+ Agripino Magalhães.

Ontem (22), Sikêra publicou uma imagem no Instagram com a seguinte colocação: “Transgênero é uma pessoa que não aceita o próprio nome, o próprio corpo, a própria voz, a própria vida, mas quer ser aceito por todo mundo”. Por transgênero, entende-se a pessoa cuja identidade diferente do sexo atribuído ao nascer – a grosso modo, como a personagem Ivana (Carol Duarte) de A Força do Querer (2017).

Nesta quarta-feira (23), Agripino declarou ao UOL: “LGBTIFOBIA É CRIME. A partir de agora ele vai ter que respeitar todos cidadãos e cidadãs LGBTI+”. Com a ajuda de advogados, Magalhães deve entrar, na próxima segunda-feira (28), com o processo contra Sikêra Jr.

Em agosto, Agripino Magalhães acionou na Justiça a youtuber Antônia Fontenelle e o cantor Netinho. Os dois foram acusados de racismo, em razão das declarações a respeito da música Fricote, de Luiz Caldas, ser vista como racista. A canção traz versos como ‘nega do cabelo duro, que não gosta de pentear…’. O mesmo Netinho foi denunciado por ele, assim como Carlinhos Maia, por homofobia e transfobia.

Cabe lembrar que Sikêra, na última segunda-feira (21), esteve ao lado de Eduardo e Flávio Bolsonaro cantando Todo Maconheiro Dá o Anel. Flávio era aguardado, no mesmo dia, no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, para uma acareação com Paulo Marinho no processo que envolve suposto vazamento de operações da PF e desvio de recursos de seu gabinete, enquanto deputado estadual, no Rio.

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