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Cauã Reymond recordou sua infância em entrevista para a GQ. Melhor Ator Coadjuvante pelo filme Piedade, o galã recordou alguns dos desafios que já enfrentou, como a época em que vendia paçoca para ajudar a família. No relato, Cauã afirmou que morava com a avó, a tia, que enfrentava uma condição de esquizofrenia, e a mãe.
Os quatro dividiam uma casa próxima à favela da Rocinha. “O clima podia ser bem pesado em casa, até violento, com muitos gritos. Minha tia esquizofrênica perdia o controle e às vezes olhava pra mim e dizia ‘vou cortar seu pinto’. Eu era criança e isso me desesperava”, confessou.
Quando fez 14 anos, foi morar com o pai em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Só saiu de casa aos 17 anos para ser modelo. O então futuro galã da Globo passou por cidades como Milão, Paris e Nova York. Nos EUA, Reymond trabalhou com limpeza para pagar as contas.
O seu mais recente trabalho, Piedade, deu a ele um prêmio que causou emoção. “Piedade foi um projeto que me desconstruiu completamente. Claudio Assis é punk, tinha certeza de que ele ia me desafiar, puxar meus limites, e foi o que aconteceu. Aceitei fazer o filme sem mesmo ter lido o roteiro”, admitiu.
O longa conta a história de Piedade, cidade fictícia, cuja rotina dos moradores é alterada após a chegada de uma grande empresa petrolífera. O filme tem as participações de Fernanda Montenegro e Matheus Nachtergaele.
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