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A Nike está no centro de uma controvérsia jurídica após investidores entrarem com um processo coletivo contra a empresa, acusando-a de má conduta no colapso do projeto RTFKT — sua subsidiária focada em Web3 e NFTs. A alegação principal é de que a Nike teria promovido os ativos digitais como investimentos promissores e seguros, mas encerrou abruptamente o projeto, causando prejuízos milionários. Para a consultora de moda e comportamento digital Adriana Verbicario, “esse episódio levanta questões fundamentais sobre os limites entre marketing, tecnologia e responsabilidade institucional em tempos de inovação acelerada.”

Segundo os documentos judiciais, a Nike teria se aproveitado de sua força de marca para vender NFTs da RTFKT como ativos com potencial garantido de valorização, sem informar adequadamente os riscos nem garantir registro regulatório. Os investidores, agora, cobram mais de US$ 5 milhões em indenizações, afirmando que foram induzidos ao erro. Adriana Verbicario, que acompanha de perto o cruzamento entre moda e tecnologia, analisa: “O caso expõe como o desejo de capitalizar sobre tendências emergentes pode gerar expectativas irreais — especialmente quando grandes marcas entram em ecossistemas ainda pouco regulados, como o dos criptoativos.”

O encerramento do projeto afetou diretamente o valor de mercado dos NFTs, já que promessas como acesso a produtos exclusivos, recompensas gamificadas e revenda lucrativa deixaram de existir. Isso fez com que muitos compradores se vissem com ativos digitais considerados agora quase inúteis. Adriana Verbicario destaca que “no universo Web3, o valor está atrelado à continuidade da narrativa. Ao cortar esse vínculo sem aviso, a Nike interrompeu a construção de comunidade que sustentava os NFTs.”

A base legal da ação inclui acusações de que a Nike comercializou valores mobiliários não registrados, violando legislações de proteção ao consumidor em estados como Califórnia, Nova York, Flórida e Oregon. A situação se agravou após uma falha técnica em abril de 2025, quando imagens de diversos NFTs da RTFKT ficaram invisíveis devido à interrupção de contrato com a Cloudflare. A decisão da empresa de migrar para o plano gratuito acabou precipitando o problema.

Após o incidente, a equipe da RTFKT iniciou a migração para o Arweave, uma plataforma descentralizada que promete maior estabilidade. No entanto, a medida foi considerada tardia por muitos usuários, que já haviam perdido a confiança no projeto. Segundo Adriana Verbicario, “a falha na gestão técnica e de expectativas deixou evidente que nem mesmo gigantes globais estão imunes aos desafios de operar no ambiente cripto, onde confiança e transparência são ativos fundamentais.”

O processo contra a Nike pode se tornar um marco para futuras iniciativas de moda e tecnologia, sinalizando a necessidade de mais regulamentação e responsabilidade nas promessas feitas ao consumidor. Para Adriana Verbicario, “o caso RTFKT mostra que inovação sem compromisso com a comunidade não se sustenta — e que o prestígio de uma marca não é garantia de segurança no universo digital.”

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